Dia da conquista do voto feminino no Brasil

No dia 24 de fevereiro deste ano, o direito ao voto feminino completa 92 anos no Brasil.

A vitória foi conquistada depois de mais de 50 anos de mobilização e luta dos movimentos feministas, que já reivindicavam o direito no final do século XIX, antes mesmo da proclamação da República.

As mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, que instituiu o Código Eleitoral.

No entanto, o Código Eleitoral de 1932 só permitia que votassem ou fossem votadas as mulheres casadas com o aval do marido ou as viúvas e solteiras com renda própria.

 Em maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, a mulher brasileira pode, pela primeira vez, exercer o direito de votar e ser votada em âmbito nacional. Naquele ano, a médica paulista Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher a ser eleita deputada federal da América Latina. Ela também foi a única mulher eleita para compor a Assembleia Nacional Constituinte de 1934, que consolidou o voto feminino.

O Código de 1934 retirou essas determinações restritivas ao voto feminino, mas continuou sendo facultativo, com a obrigatoriedade prevista apenas para os eleitores homens. Apenas em 1946 o voto passou a ser obrigatório também para as mulheres

Algumas das mulheres que protagonizaram esta conquista.

 Leolinda Daltro: criou o Partido Republicano Feminino.  Dedicou sua vida ao que acreditava: a transformação da sociedade patriarcal brasileira através da educação e da luta pela igualdade;

Carlota Pereira de Queiroz: a primeira mulher eleita nas eleições de 1933, lutou pela alfabetização e pela Assistência Social

Antonieta Barros: a primeira mulher negra eleita no Brasil. Foi eleita por Santa Catarina, menos de 50 anos após a abolição. Criou o “Dia do Professor” e lutou pela educação no país;

Bertha Lutz: bióloga feminista que criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Contribuiu para a criação de políticas nas áreas da educação, trabalho, saúde e ciência;

Josefina Álvares de Azevedo, jornalista Uma mulher à frente do seu tempo, em 1881, Josefina era proprietária e redatora do jornal intitulado A Família.

Merecem ser celebradas estas e muitas outras pioneiras, que nos deixaram este grande legado cívico.  Dentre as citadas, vale pontuar que Bertha Lutz, além dos muitos feitos no campo político e social, também trouxe para o Brasil o primeiro Clube Soroptimista, no Rio de Janeiro em 1947.

#votofeminino
#sufragistas
#berthalutz
#soroptimistabrasil
#pormaismulhereanapolítica
#sororidade